Aula 4
Cérebros e organizações vistos como sistemas holográficos
Caráter holográfico do cérebro → padrões de conexões → cada neurônio conecta-se com centenas de outros → permitindo um sistema de funcionamento ao mesmo tempo genérico e especializado.
Diferentes regiões → especializadas em diferentes atividades
Controle e execução de comportamentos específicos → não estão localizados
Neurônio → complexo como um computador.
Condutividade entre neurônios
→ permite processamento simultâneo de informações nas diferentes partes do cérebro
→ receptividade a diferentes tipos de informação ao mesmo tempo
→ impressionante capacidade de reconhecer o que se passa a sua volta
→ é a base da difusão holográfica
→ cria um grau muito maior de conexões cruzadas e trocas do que podem ser necessárias em determinado momento
→ essa redundância é crucial para criar o potencial holográfico e assegura a flexibilidade
→ a redundância permite que o cérebro trabalhe de forma probabilística e não determinística
→ facilita o desenvolvimento de novas atividades ou funções
→ facilita o processo de auto-organização por meio do qual estruturas internas e funcionamento podem evoluir de acordo com as circunstâncias de mudança
O cérebro tem a capacidade de organizar e reorganizar a si mesmo para lidar com as contingências que enfrenta
Como as descobertas do caráter holográfico do cérebro podem ajudar a criar organizações capazes de aprender e auto-organizar-se da mesma forma que o cérebro?
Para criar uma organização do tipo holográfico é necessário:
→ garantir o todo em cada parte
→ criar conexão e redundância
→ criar simultaneamente especialização e generalização
→ criar a capacidade de auto-organização
Princípios de interação
→ Princípio das funções redundantes:mostra um meio de se construírem o todo em cada parte, criando redundância e condutividade, bem como simultaneamente especialização e generalização
→ Princípio da variedade de requisito: ajuda a promover orientações práticas para o planejamento das relações parte-todo, mostrando exatamente quanto do todo precisa estar presente em determinada parte.
→ Princípio do aprender a aprender e da mínima especificação crítica: mostram como se podem desenvolver capacidades de auto-organização.
Sem o elemento de redundância um sistema não tem capacidade de real de refletir e questionar sobre como está operando → não tem capacidade de trabalhar inteligentemente no sentido de ser capaz de ajustar a ação para levar em conta as mudanças na natureza das relações dentro das quais a ação está alocada.
(planejamento organizacional com redundância → organizações que admitem grupos de trabalho autônomos, nos quais os membros adquirem múltiplas habilidades de tal forma que são capazes de desempenhar um o trabalho do outro e substituírem um ao outro quando necessário)
Planejamento holográfico → as partes refletem a natureza do todo, uma vez que assumem a sua configuração específica a qualquer tempo com relação às contingÊncias que apareçam na situação total.
Podem todos se tornar especialistas em tudo?
Idéia da variedade de requisitos: sugere que a redundância (variedade) deva ser integrada a um sistema que seja diretamente necessária. Significa que muita atenção deva ser dada às relações fronteiriças ente unidades organizacionais e os seus ambientes.
Princípio da mínima especificação crítica
→ tenta preservar a flexibilidade, sugerindo que, em geral, seria necessário especificar nada mais do que o absolutamente necessário para que a atividade particular ocorra. O perigo dessa flexibilidade é o potencial que ela tem de se tornar caótica.
Princípio do aprender a aprender
→ utilização do circuito único e duplo de aprendizagem
→ hierarquia de processos
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