1- Administração e suas perspectivas
A proposta da análise organizacional através das metáforas
O que é Metáfora
É quando a significação natural de uma palavra é substituída por outra, em virtude de relação de semelhança subentendida.
Premissa básica das metáforas
As teorias e explicações da vida organizacional, segundo Morgan, são baseadas em metáforas que nos levam a ver e compreender as organizações de formas específicas, embora incompletas.
Usar metáfora implica num modo de pensar e uma forma de ver que permeia a maneira pela qual entendemos o mundo.
Exemplos de metáforas
- Livre como um pássaro
- Esse cara é um palhaço
- É um cara mil e uma utilidades
- Esse homem é um leão
É preciso pensar nos aspectos complementares
- Livre como um pássaro: dentro de um viveiro? Livre na vida pessoal ou profissional?
Pássaro grande ou pequeno? Que vive em bando?
- Esse cara é um palhaço: faz piadas ou é alegre? É palhaço porque rouba coração de mulher? É rico ou é pobre? Vive no circo?
- É um cara mil e uma utilidades: faz de tudo bem ou mal feito? Faz de bom grado ou só se mandar? Cobra caro ou barato por isso?
- Esse homem é um leão: Embora forte é um porco chauvinista? Tem cabelão ou é careca? Embora rei é corrupto ou honesto?
A arte da análise Organizacional. Construindo Imagens
Imagens metafóricas nas organizações
- Organizações como máquinas: alicerça o desenvolvimento da organização burocrática.
- Organizações como organismos: focaliza a atenção em administrar as necessidades organizacionais e as relações com o ambiente. Aumenta a capacidade de desenvolver teorias sobre as relações entre organização e diferentes ambientes.
- Organização como um cérebro: Eleva a importância no processamento de informações, aprendizagem e inteligência. Ressaltam princípios importantes de auto-organização elevando o grau de flexibilidade e inovação.
- Organizações como culturas: valorização de idéias, valores, normas, rituais e crenças que sustentam as organizações como realidades socialmente construídas.
- Organização como sistemas de governo: baseadas em princípios políticos. Focaliza diferentes conjuntos de interesses, conflitos e jogos de poder que moldam as atividades organizacionais.
- Organizações como prisões psíquicas: nessa metáfora podemos descobrir sobre a psicodinâmica e os aspectos ideológicos da organização. As pessoas caem nas armadilhas de seus próprios pensamentos, idéias e crenças.
- Organização como fluxo e transformação: essa perspectiva reside na compreensão da lógica de mudança que dá forma à vida social.
- Três lógicas diferentes:
- organização são sistemas autoprodutoras que se criam nas suas próprias imagens;
- se organizam como resultado de fluxo de feedback positivo e negativo;
- são produto de uma lógica dialética por meio da qual todos os fenômenos tendem a
gerar o seu oposto.
- Organizações como instrumentos de dominação: mostra como as organizações usam seus empregados, as comunidades hospedeiras e o mundo econômico para atingirem seu fim. Dominação do desejo de um sobre os outros.
Desafio
Compreender que as organizações são complexas, ambíguas e paradoxais e aprender a lidar com essa complexidade.
As Organizações vistas como máquinas – a mecanização assume o comando
Divisão do trabalho → Adam Smith
Comumente chamadas de burocracias
Pensamento mecanicista → relações ordenadas entre partes definidas que possuem certa ordem.
Organização → organon → ferramenta/ instrumento
Revolução industrial
– crescente tendência da rotinização e burocratização – aumento da eficiência
- aumento das técnicas de supervisão e disciplina – aceitação pelo trabalhador das rigorosas rotinas
Exército – Frederico O Grande
Teoria Clássica
Precursores: Henry Fayol, F. W Mooney e Cel. Lyndall Urwick
Crença básica: administração é um processo de planejamento, organização, direção, coordenação e controle
Base para técnicas administrativas atuais:
- Administração por objetivos (APO)
- Planejamento e programação de orçamentos
- SIG’s = Sistemas de Informações Gerenciais
Utilizaram princípios militares e de engenharia
Administração científica
Precursor: Frederick Taylor
Princípios básicos:
- Transfira toda a responsabilidade da organização do trabalho do trabalhador para o gerente;
- Use métodos científicos;
- Selecione o melhor para o cargo;
- Treine o trabalhador;
- Fiscalize o desempenho do trabalhador
Estudo de tempos e movimentos
Base para técnicas atuais:
- Práticas esportivas (ex. futebol)
- Utilização dos robôs na linha de produção
Forças e limitações da metáfora das máquinas
Condições para utilizar o enfoque mecanicista
- tarefa a ser desempenhada é contínua
- ambiente estável de mercado para produtos
- o produto é sempre o mesmo
- o foco é a precisão
- quando a “engrenagem” humana é submissa
Exemplo: McDonald’s
Limitações
- em circunstância de mudanças apresentam dificuldade de adaptação – NÃO INOVA
- dificuldade de resposta eficaz às circunstâncias de mudanças pelo grau de especialização
- visão míope
- pode criar a burocracia “burra”
- conseqüências imprevisíveis nos conflitos de objetivos empregados x empresa
- jogo do empurra nas responsabilidades
- racionalidade funcional x racionalidade substancial
- alienação dos empregados
- geração de ambiente de competição
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